Imaginemos
que no início tinhamos o vácuo, a consciência primordial, chamemos-lhe o
Espírito. Com o objectivo de criar dispara um raio de consciência no
vácuo, primeiro para a frente, depois para trás (um eixo), para a
esquerda e direita (outro eixo) e por último, para cima e para baixo
(terceiro eixo), isto com a mesma distância nas 6 direcções, definindo
as coordenadas espaciais (Norte, Sul, Este, Oeste e uma direcção
ascendente e descendente).
Todos
nós temos estes 6 raios sensitivos partindo da nossa glândula pineal (um
atravessando o chakra da coroa e pescoço, outro atravessando a nuca e o
chakra frontal e um terceiro atravessando os dois hemisférios
cerebrais), correspondendo aos três eixos cartesianos x, y, z.
Esta capacidade criativa é inata a todos os humanos.
Se
unirmos agora as várias direcções tal como era feito nas antigas
Escolas de Mistério, obtemos um diamante ou quadrado (segundo desenho,
ver em perspectiva), após a formação deste quadrado à volta da
consciência é disparado um raio de consciência no sentido ascendente,
formando uma pirâmide, e um raio de consciência no sentido descendente
formando outra pirâmide.
É
importante referir que a função piramidal assume uma máxima importância
no retorno à Fonte, o que é amplamente descrito no Livro do Conhecimento
de Hurtak, "A inteligência humana deve ser iniciada nas funções
piramidais de Luz antes que possa ser promovida à próxima ordem de
evolução, à próxima célula temporal consciencial".
Octaedro
Tudo o que conhecemos foi uma criação de uma consciência no infinito vácuo, os Hindus chamam-lhe Maya, que significa ilusão, todos nós podemos criar a nossa realidade (deuses criadores) e libertarmo-nos de Maya.
Como
pode ser observado acabámos de obter um octaedro (na forma
tridimensional). É importante observar que isto é só a consciência, não
existe um corpo no vácuo. Foi simplesmente criado um campo à volta da
consciência.
A partir deste momento é
possível, pela primeira vez, imprimir movimento, criar energia cinética,
ou seja, temos este octaedro base e podemos criar uma distância
(afastar-nos ou aproximar-nos) ou então o criador pode simplesmente
permanecer imóvel levando este primeiro octaedro movimentar-se, passa a
haver uma referência no centro do vácuo, logo passam a existir também
distâncias.
Se movimentarmos este octaedro na
direcção dos vários eixos criamos os parâmetros perfeitos para uma
esfera, era exactamente isto o que os iniciados no Egipto faziam nas
suas meditações, tal como na Cabala em que as direcções assumem bastante
importância para algumas meditações específicas.
Toda
a gente que estuda geometria sagrada está de acordo quanto ao facto de
que uma linha recta representa o masculino e uma linha curva representa o
feminino. O que os egípcios estavam a fazer ao realizar esta meditação
era passar de uma forma masculina (octaedro) a uma forma feminina
(esfera). Isto está directamente associado à Bíblia e à criação da Eva a
partir de uma costela do Adão.
Tudo o que conhecemos foi uma criação de uma consciência no infinito vácuo, os Hindus chamam-lhe Maya, que significa ilusão, todos nós podemos criar a nossa realidade (deuses criadores) e libertarmo-nos de Maya.
Anarion Macintosh - The spiral and the six stages of creation (acrylic on canvas)
Padrão da Génese
Partindo
desta primeira esfera ou bolha no vácuo o Espírito projecta uma nova
esfera obedecendo às mesmas regras. Este processo lembra-nos a divisão
na Mitose (reprodução assexuada).
Temos aqui a associação com o primeiro dia da criação ("Fez-se Luz").
Neste
momento encontramo-nos perante um símbolo sagrado muito antigo
conhecido como "Vesica Piscis" associado ao Cristianismo e também
conhecido como o "Peixe de Jesus" (numerologia). Se considerarmos uma
esfera como sendo Deus ou o Céu e uma segunda esfera como a Humanidade
ou a materialidade esta intersecção simboliza o Cristo, o portal que une
o Céu e a Terra. Este símbolo está intimamente associado à criação da
luz, sem ele a luz não seria possível, sem esta imagem geométrica não
seria possível por exemplo a criação dos nossos olhos, responsáveis pela
recepção da luz.
No
segundo dia da criação com uma terceira esfera obtemos o símbolo da
Santíssima Trindade, a geometria básica da estrela tetraédrica, uma das
formas geométricas mais importantes na criação (forma da Merkaba, corpo
de luz que nos permite voltar ao estado de consciência original).
"Quando duas Pirâmides de Luz se unem para formar uma Estrela de David,
nasce um novo universo estelar de inteligência" (J.J. Hurtak).
"Vesica Piscis" e "Tripod Of Life"
Continuando
o movimento matemático da criação vamos chegar ao Sexto dia da criação
obtendo-se o símbolo da flor de seis pétalas conhecida como a Semente da
vida, o princípio da criação do Universo no qual nós vivemos.
Este
primeiro movimento em torno da primeira esfera, representa a primeira
rotação ou Padrão da Génese (os seis dias da criação da Bíblia),
ilustrados no quadro de Anarion Macintosh.
Semente da vida
Se
pegarmos no padrão da Génese, a primeira forma tridimensional que
conseguimos extrair é conhecida como Torus, esta forma é obtida a partir
da rotação da Semente da vida em torno do seu eixo central (último
desenho da figura representa o Torus visto de cima em duas dimensões).
Foi
o matemático Arthur Young que descobriu que esta forma geométrica tem
sete regiões conectadas, todas do mesmo tamanho, o Torus representa a
forma geométrica base da existência, está presente em todos os planetas,
estrelas, galáxias. O nosso planeta é um Torus com dois pólos
magnéticos em comunicação o que permite as predecessões dos equinócios
(ponto zero). O Torus está também presente no corpo humano (como exemplo
o coração que tem sete músculos formando um Toroidal bombeando para
sete regiões) e pode ser encontrado em todas as formas de vida
existentes.
Torus
Espiral Torus com as sete regiões diferenciadas
Se
efectuarmos uma segunda rotação em torno da Semente da vida ,
obedecendo às mesmas regras da primeira, vamos chegar a uma segunda
figura tridimensional conhecida como o Ovo da vida.
Ovo da Vida
O
Ovo da vida representa a estrutura morfogenética a partir do qual o
nosso corpo foi criado. A nossa existência física depende desta
estrutura, desde a cor dos nossos olhos ao formato do nosso nariz... Uma
forma que também é revelada neste segundo Vortex (rotação) é a Árvore
da vida que contém dez círculos que representam os Sefirotes (esferas em
Hebraico) na Cabala, 10 aspectos da personalidade sintetizados no Adão
Kadmon, o Homem Celeste, Logos. Representa o caminho para iluminação
espiritual e um mapa do Universo e da Psique.
Árvore da vida
Com
uma terceira rotação obtemos um padrão determinante na formação da
realidade física. Quando olhamos de forma atenta para a Flor da vida
vemos 19 círculos inscritos em dois círculos concêntricos, imagem essa
encontrada um pouco por todo o mundo nas várias civilizações, a questão é
porquê parar nos 19 círculos ? Isto deve-se à descoberta do próximo
componente que era de extrema importância, por essa mesma razão
mantiveram-no em segredo. Esse conhecimento era considerado tão sagrado
que decidiram não trazê-lo a público, codificando-o.
Se
olharmos bem para a Flor da vida deparamo-nos com a existência de
vários círculos incompletos na periferia (esferas na verdade). Tudo o
que era preciso era completar estes círculos (técnica antiga para
codificar o conhecimento). Se efectuarmos uma quarta rotação torna-se
fácil de perceber o padrão misterioso, o Fruto da vida :
Fruto da Vida
O Torus, Ovo da vida e Fruto da vida são os três padrões que nos permitem construir tudo aquilo que conhecemos como realidade sem excepção. Se combinarmos estes treze círculos (femininos) com todas as linhas rectas possíveis (masculinas) como é exemplificado na figura abaixo vamos obter a forma geométrica sagrada conhecida como o Cubo de Metatron :
Os cinco elementos
Este padrão de treze círculos é uma das formas mais sagradas em toda a existência. Na Terra é chamada de Fruto da vida.
O Torus, Ovo da vida e Fruto da vida são os três padrões que nos permitem construir tudo aquilo que conhecemos como realidade sem excepção. Se combinarmos estes treze círculos (femininos) com todas as linhas rectas possíveis (masculinas) como é exemplificado na figura abaixo vamos obter a forma geométrica sagrada conhecida como o Cubo de Metatron :
O
cubo de Metatron representa um de treze sistemas universais de
informação contidos no Fruto da vida, nas linhas do Cubo de Metatron
podemos facilmente encontrar os conhecidos sólidos platónicos, os
tijolos construtores da nossa realidade física. O cubo de Metatron
demonstra-nos a verdade milenar de que toda a vida emerge da mesma
origem, do mesmo centro.
Foi durante a sua
permanência no Egipto que Platão afirmou ter recebido conhecimento
sagrado do interior das Pirâmides. Os cinco sólidos mais tarde
apelidados de Platónicos representam na Alquimia os cinco elementos.
Tetraedro = Fogo
Cubo - Terra
Octaedro - Ar
Icosaedro - Água
Dodecaedro - Éter
Esfera - Vácuo
Isto
não é apenas matemática, círculos ou geometria. Isto é o mapa vivo de
toda a criação da nossa realidade." Drunvalo Melchizedek
Por Pedro TerrinhaConheça o blog do autor: http://idilium.blogspot.com/
Fontes:
The Ancient Secret Of The Flower Of Life vol1 e vol2 - Drunvalo MelchizedekAs Chaves de Enoch - J.J. HurtakImagens - Internet e montagens
The Ancient Secret Of The Flower Of Life vol1 e vol2 - Drunvalo MelchizedekAs Chaves de Enoch - J.J. HurtakImagens - Internet e montagens
Instituto Seva
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