2018
Acabou 2017! Mais um ano se foi
e, provavelmente, passamos o Réveillon (re)fazendo as mesmas promessas e pedidos
dos anos passados. Por que será?
Talvez porque seja mais fácil
esperar que 2018 promova mudanças do que efetivamente promovermos as mudanças
necessárias para que os nossos pedidos e promessas se realizem. Então, ficamos
sempre na esperança, afinal, aprendemos que ela deve ser a última a morrer.
Colocar toda a expectativa em
cima do novo ano que chega é mais fácil, porém menos eficaz e mais repetitivo.
E só alimenta isso que em nós humanos é inato, uma certa necessidade de sofrer,
de lamentar, de tornar dura e difícil a vida. Podemos nomear de várias maneiras
esse “ISSO” que nos torna negativos: sabotadores, sintomas, pulsão de morte,
negativismo, traumas, crenças limitadoras, enfim, cada um que encontre o nome
que melhor lhe soar. E que ao nomeá-lo olhe para ele, se olhe no espelho e
pergunte: Por que será?
Não! Não será a contagem
regressiva da meia noite, nem a chegada de 2018 que terão o poder de mudar sua
vida, de acabar com os problemas, de te colocar em outro emprego, em outra
família, em outro país. Enfim, não será nada e nem ninguém além de você mesmo.
E para que mudanças ocorram, não precisamos esperar um novo ano, uma segunda-
feira ou qualquer outro click que estejamos esperando.
Qualquer dia, qualquer hora e em
qualquer instante, o tempo de mudar é o tempo todo, ou melhor, é em qualquer
tempo! O importante é coragem! São os primeiros, segundos, terceiros e os
próximos passos que de fato mudarão as coisas e não o dia seguinte.
A Ruth Rocha tem uma historinha
chamada “Lá Vem o Ano Novo”, que conheci através do CD “Mil Pássaros da Palavra
Cantada”, nessa história, as crianças fazem promessas de não contarem mentiras,
não faltarem na aula e muitas outras como fazem todos os anos. Só que cansada
de tanto fingimento, a Dona Meia-Noite resolve fazer greve, impedindo então que
o Novo Ano chegue. Claro que no fim da história, ao ver o ano novo
pequenininho, ela o pega no colo, não resiste e aposta: Quem sabe se este
aninho, tão pequenininho ainda não vai fazer o milagre? E então, toda vestida
de verde, que é a cor da esperança, escorrega pelo escorregador do tempo, dando
adeus a todos. Adeus, todo Mundo. Feliz Ano Novo!
Sempre que ouço esse CD e essa
historinha, penso em todas as promessas que me fiz a cada virada de ano e o que
me deixa um pouco mais feliz é que há uns três anos as promessas acabaram.
Agora, a cada réveillon eu apenas agradeço pelo que vivi e pelo que virá, nada
mais! Não pulo 7 ondinhas, não como mais uma colherada de lentilha, uso a cor
que tenho vontade e não mais o eterno branco. Simplesmente porque aprendi
vivendo que sou eu a causadora de mudanças. Sou eu a transformadora das
realidades que vivo.
Como lentilha sempre que me dá
vontade e, sim, a cada vez que como penso que ela é símbolo de prosperidade, e
aí como com mais gosto ainda. Pulo ondas sempre vou à praia, entregando ao mar
o que ele puder levar em suas profundezas. Uso branco em qualquer dia e sempre
desejando cada vez mais paz! Não escrevo isso para que deixem de fazer essas
“tradições”, pelo contrário, elas são divertidas e unem amigos e famílias.
Escrevo para que talvez lendo percebam que todo dia é um novo dia. E ele chega
cheio de possibilidades, porém, precisa que tenhamos olhos de ver, corações
corajosos e sorrisos abertos para trilhá-los de maneiras diferentes.
Apostar que o novo ano trará ou
fará o milagre pode ser infantil de nossa parte, pode ser medo, sabotadores,
sintomas, pulsão de morte, negativismo, traumas, crenças limitadoras… Quem
sabe? Quem sabe? Só você!
https://www.eusemfronteiras.com.br/2018-2/
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