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segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Uma Nova Visão do Karma

Uma Nova Visão do Karma

Nas antecâmaras do tempo, ecoa ainda hoje o Sim que todos nós pronunciamos quando nos foi perguntado se estávamos dispostos a servir no planeta a que damos o nome de Terra. De diferentes moradas cósmicas, de diferentes quadrantes deste Universo-Mãe, legiões de seres deslocaram-se para aqui com a tarefa de ajudar na elevação deste sistema a uma dimensão eléctrica e não mais fricativa, permitindo que a Kundalini do Logos Planetário pudesse subir do seu Plexo Solar, onde se encontra actualmente polarizada, para o Chacra Cardíaco onde irá estabilizar após as mudanças que se avizinham.

Sim, porque quando se diz que este planeta é vivificado por uma Consciência Logóica, o que na verdade se está a dizer é que as Doze Terras Dimensionais são vivificadas por Ela, sendo cada uma a representação simbólica do sistema chácrico do próprio Homem. A Humanidade de Terceira Dimensão é, desse modo, uma expressão da energia do Terceiro Chacra Logóico, caminhando hoje a consciência do Homem para a sintonização com a energia do Chacra Cardíaco do Logos onde se polarizará com a nova expressão dimensional do planeta: a chamada Nova Terra.

Quando aqui chegamos foi-nos dada uma tarefa, uma função específica dentro do plano que a Hierarquia delineou e do qual somos uma peça de uma imensa Engrenagem Cósmica. Essa tarefa, essa função oculta que nos corresponde manifestar, é a verdadeira razão de aqui estarmos.

É necessário, por isso mesmo, olhar o carma pelos olhos reais de quem não pertence a este sistema evolutivo, tendo-se sacrificado a este como forma de permitir a Ascensão do planeta.

Como servidores do Plano, nenhum de nós pertence a este Universo-Terra. Esta não é a nossa casa: o lugar onde encarnámos pela primeira vez ao deixarmos os patamares superiores da Vida. Estamos neste planeta para Servir e como tal, todo o nosso processo reencarnatório foi direccionado para esse único Propósito.


Quando nos auto-convocamos para ajudar o planeta Terra a dar um salto evolutivo, foi-nos entregue a tarefa que nos correspondia desempenhar durante este momento de transição. Essa tarefa é aquela que nos está destinada cumprir nesta encarnação.

Não viemos a este planeta para viver a encarnação do rei, do mendigo, do sacerdote, do cavaleiro, do mestre e do aprendiz... Não viemos para experimentar o ódio, o egoísmo, a inveja e a superação disso tudo através de virtudes várias... Não viemos para saber o que é ser pobre e o que é ser rico, para viver amores e desamores, para combater e pacificar... Não! Viemos para esta única vida; aquela que estamos a viver hoje e que é a razão de ser de toda a nossa experiência terrestre.


Mas para que o ator possa desempenhar o seu papel na peça da qual faz parte, ele tem que se preparar ao longo de meses de ensaios que nada mais são que todo o nosso processo reencarnatório neste planeta.

 E o Carma? O que é o Carma para estes servidores?

Ele é esse longo ensaio de uma peça teatral cuja função é preparar os actores para a Grande Estreia. Nada mais que isso! Todas as vidas que tivemos foram apenas isso mesmo... uma longa preparação para a encarnação de hoje.

Vejam só a responsabilidade e a importância de tudo aquilo que estamos a viver agora... Que tenhamos essa Consciência presente e passemos a valorizar cada instante, cada respiração desta vida, pois esses momentos são feitos de ouro.

 E da mesma forma que os ensaios de uma peça não condicionam a letra escrita da mesma, pois antes de ensaiar ela já está pronta, também todas as experiências que tivemos não mudaram a letra daquilo que hoje temos que fazer como servidores que somos. Essas experiências foram apenas o olear do mecanismo para a representação final.

 Dentro do tempo linear nós dizemos que as nossas vidas passadas foram sendo escritas uma a uma, em sequência cronológica, sendo essa escrita condicionada pelas ações praticadas anteriormente. Esta é a visão tradicional do carma... Mas nós não estamos aqui para servir o tempo linear que é uma ilusão. Na verdade a primeira vida a ser escrita foi esta, a última. E foi a partir daquilo que foi escrito para esta última vida, que tudo o resto aconteceu para trás de forma a permitir aqui chegar com os instrumentos necessários para cumprir a nossa função como servidores que somos.

O Carma funciona, desse modo, para trás e não para frente... Ele existe em função de um propósito bem definido e não como resultado da arbitrariedade das escolhas humanas. Um servidor não tem nada para escolher, embora ainda possa estar mergulhado na ilusão de assim pensar, pois já viveu essa experiência noutro lugar do universo. Ele simplesmente cumpre os ciclos reencarnatórios, tecidos na geometria exata que o levará aonde ele tem que chegar, e depois parte de volta a casa sem olhar para trás.

Para desempenharmos a nossa função neste momento de transição planetário, foi necessário preparar instrumentos de trabalho para o cumprimento da mesma. Foi em função dessa necessidade, daquilo que era essencial para o cumprimento da tarefa, que todas as nossas vidas passadas existiram e que todo o nosso carma foi gerado.

É errado para um servidor dizer que uma dificuldade específica na sua estrutura tridimensional de agora é resultado do carma criado numa vida passada e, por isso, uma fatalidade que ele tem que aceitar até que o mesmo seja resolvido. Não! Era necessário para o desenvolvimento da sua tarefa, da razão de ser de tudo aquilo que o fez vir até este planeta, que a sua estrutura tridimensional estivesse condicionada por essas dificuldades e em função disso o carma foi gerado no passado.

Tudo existe em função daquilo que estamos a viver hoje. Tudo foi tecido, vivenciado, para que quando despertássemos para a nossa função enquanto servidores, tivéssemos nas mãos todos os instrumentos, e como esses instrumentos têm que ser forjados na dimensão aonde o serviço acontece, foi necessário esse longo processo reencarnatório de moldagem do equipamento que iremos finalmente usar.

Hoje o ensaio acabou. O pano foi levantado e a plateia observa-nos... Chegou o momento de deixar a nossa Arte fluir no palco deste mundo e encantar a plateia sedenta de um frescor desconhecido. Deixemos que a Nova Terra se manifeste através da nossa representação, pois foi para isso que nos preparamos ao longo de muito milhares de anos de experiência várias. Na verdade, esta é a nossa única e verdadeira encarnação neste planeta.
 PAX, Pedro Elias

pedroelias.org

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